quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mário Quintana

A peça Sobre Anjos e Grilos fez brotar uma paixão avassaladora pelos versos singelos de Mário Quintana em meu peito aberto. Depois de um anjo e alguns grilos, pude visualizar aspectos intrincados de minha vida, dos quais tenho difícil acesso. Ou melhor, tenho difícil clareza; acesso tenho até demais. Falo a respeito de comportamentos muito atraentes, seduzidos em busca do gozo. Não do prazer, que fique claro, porque no gozo há pouco prazer e muita dor. O primeiro passo para desgrenhar-se desse lodo-todo é o comportamento posto na mesa, estudado a frio. Não apenas o nosso, mas também o do outro.

O que eu quero dizer é... Me dá uma ajudinha, Mário?

Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...





"...os Anjos do Senhor
estuprando as mais belas
filhas dos mortais...
Deles, nascem os poetas.
Não todos... Os legítimos
espúrios:
um Rimbaud, um Pöe, um
Cruz e Souza...
(Rege-os, misteriosamente,
o décimo-terceiro signo do
Zodíaco.)"

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